08/05/2009 | Congressos e Fóruns

O futuro das empresas portuguesas está “comprometido”

Jardim Gonçalves defendeu, hoje, que “o ensino português precisa de uma reforma estrutural profunda”, enquanto falava no Congresso do Ensino Privado, no Fórum Lisboa.

“O futuro das empresas portuguesas pode estar comprometido por causa do actual estado do ensino”, disse o expresidente do BCP, que participou num painel sobre “Ensino Privado e Empreendedorismo”.

Jardim Gonçalves não poupou críticas à Educação e deu exemplos de números “preocupantes”.

“Temos níveis de abandono escolar muito superior à média da União Europeia”, criticou. O desempenho dos alunos em disciplinas como o Português ou a Matemática “são inferiores à média da OCDE, o que é muito grave porque se trata de duas disciplinas cruciais para o exercício de qualquer actividade”, sublinhou.

O ex-presidente do BCP referiu-se, por outro lado, à taxa de abandono no Ensino Superior, especialmente em licenciaturas ligadas à Tecnologia e “que ronda os 10%”.

Tudo isto, defendeu, “estrangula o sistema de ensino, põe em causa a atractividade de novos investimentos e mina o futuro do país, criando obstáculos ao desenvolvimento de Portugal ”. Uma das consequências que começa a ser visível “é a escassez de talento nas organizações. E a a tendência é para isto que se agrave”, continuou.

Jardim Gonçalves realçou ainda a importância das escolas privadas. “O serviço público de educação tanto pode ser prestado por escola pública como por escolas privadas”, afirmou, acrescentando que “o ensino privado tem de deixar de ser um privilégio elitista”.

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