07/01/2011 | Política Educativa

Associação alerta para "despedimentos em massa" de professores já este mês

Os 93 colégios com contrato de associação reuniram ontem em Coimbra e traçam cenário muito pessimista para o futuro. Alguns colégios com contratos de associação "já fizeram reuniões com professores em que foram discutidas reorganizações tendo em vista despedimentos", alguns dos quais poderão acontecer "já a partir de Janeiro". Em causa estão os cortes no financiamento destas instituições, cujo apoio estatal por turma passará de 114 mil para 80 mil euros anuais a partir de Setembro próximo.

A situação foi assumida ontem ao DN por João Alvarenga, presidente da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), após uma reunião em Coimbra que juntou representantes dos 93 colégios que mantêm estes vínculos com o Ministério da Educação (ME), através dos quais oferecem ensino gratuito aos alunos (ver P&R).

Segundo Alvarenga, mesmo com o ME a adoptar um período de transição entre Janeiro e Setembro, no qual as escolas terão um apoio de "transição" equivalente a 90 mil euros anuais por turma, "já há colégios "para os quais até esta verba intermédia é insuficiente para responder aos compromissos existentes". O também director do Colégio Didálvi, de Barcelos, avisou ainda que o cenário será bem pior a partir do início do próximo ano lectivo, com os "despedimentos em massa de professores" a tornarem-se inevitáveis "caso não seja possível encontrar uma alternativa ao actual modelo de financiamento aprovado pelo ministério". Da reunião de ontem, João Alvarenga descreveu um ambiente de indignação geral: "Os colégios com contratos de associação estão todos revoltados, porque já estão a prever enormes dificuldades", lamentou. "No fundo, cumpre-se o que tínhamos previsto: um cenário de enorme instabilidade nas escolas caso o ministério mantivesse a sua posição."

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